quarta-feira, 16 de abril de 2014

Éden

No jardim, moldado do barro.
Feito a imagem do Pai.
Dominando sobre todos do jardim.
Sentia-se só, ainda assim.
Da sua costela, sua companheira.
Juntos, não estariam sós.
Veio-lhes a cobra, feiticeira,
Dando-lhes nós...
Sendo então humano
Não basta ser grande,
Precisa ser o maior.
Para ele: culpa dela.
Para ela: culpa da feiticeira.
Esquecem a essência verdadeira.
Transferem a sua culpa,
Vivem em ganância, enganam-se.
Assim começamos nossa história,
E repetindo-nos a cada capítulo,
Prevalecendo nossos instintos,
O amor se tornando extinto.

Carola Guimarães

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