Cadê meu barco de Papel?

 A coisa mais estranha é que depois de tanto tempo eu ainda consigo acordar pensando em você. Coloquei pra ouvir a música “barquinho de papel” de Anavitória e fui teletransportada pra um momento nosso de despedida.

Ontem foi um domingo bem reflexivo e eu li muitas páginas do meu livro que remetem a você. Tem dias que eu quero te apagar de mim pra não ter nenhuma marca sua, mesmo sabendo que vai me custar memórias de momentos incríveis… Tem hora que essas memórias me doem porque dá saudade e eu penso que foi bom demais pra ter terminado!

Eu sei que não dá pra te apagar de mim! E a verdade é que eu não quero te apagar! Eu só queria mesmo que você tivesse me deixado um barquinho de papel pra ver se eu me salvava desse naufrágio que foi te dar meu coração.

Não tem natação certa, tem dias que a maré balança e é difícil respirar… 

Ritmos diferentes

 Eu saí do mar, tendo dado uma volta calma e serena. Encontrei você, e eu tava te procurando! Você tava indo pra distante… eu gritei, acenei, indiquei, quis nadar junto! Queria que você viesse comigo! Mas infelizmente, a gente tava em ritmos diferentes… mesmo estando na mesma prova!

Nadei costas, e me vi distanciando… depois segui com um sorriso feliz por ter te encontrado no caminho!

Durante as voltas, ao longos dos outros 75km, te encontrar foi sempre o momento mais esperado! Você me ultrapassou rápido na bike, quando me olhou você me dedicou aquele arco-íris… eu nunca vou esquecer isso!

Em cada encontro eu tinha um sorriso, um gesto… Até o último abraço na corrida, até eu lhe dedicar um coração e um toque de mãos na chegada! Você estava lá torcendo por mim, e eu sei que sempre vai estar! Porque eu também vou estar sempre torcendo por você!

Que saudade que eu já estou sentindo…

Como eu queria que a gente tivesse no mesmo ritmo, que tudo fosse mais simples e que pudéssemos mesmo caminhar juntos!

Você estará sempre no meu coração de uma forma muito especial, sempre lhe terei amor, carinho e respeito!

Obrigada por tanto, Gab!