quarta-feira, 30 de junho de 2010

Invenção...

Vou reinventar meu mundo.
Vou colocar sua vida dentro da minha,
Assim, você não se afasta de mim.
E cá, dentro de mim, ficaremos assim,
Um tanto de amor, um tanto disso,
Um tanto de felicidade, tanto daquilo.
Os tons de cinza, vão ganhando vida.
Amarelos misturando com tons azuis,
Verde, laranja, vermelho, tanta luz...
Esta luz que me invade, te invade;
Mistura, perdura. Ainda sua vida,
Mas agora, junto da minha vida,
Cicatriza qualquer ferida.
Reinvento as notas, os acordes, as escalas...
Músicas que nos faço, dispensa a fala...
Tua boca que me cala, amor exala.
De nós, cegos, atados, enrolados;
Agora já amarrados, não solto.
Prendo, vou e não mais volto.
A distancia eu já reinvento,
Reinvento também o tempo.
Não consigo reinventar a saudade,
Esta dia-a-dia me invade...
Aí volto ao princípio,
Reinventar-nos, juntos, pra não separar.
E essa saudade não existir, não me matar.

Carola Guimarães

Através dos olhos

Tudo em volta depende apenas
Da maneira que se vê as coisas.
A noite pode ser escura,
Ou ter brilhos diversos, dispersos.
Um copo sem água pode estar vazio,
Ou cheio de ar, a menos que em vácuo.
Às vezes parecer fora do chão, no ar
Pode ser por um salto, ou por voar.
O longe pode ser perto.
Um sonho pode ser concreto.
O coração pode ser uma massa muscular,
Ou o que impulsiona a apaixonar, amar.
Eu posso ser apenas Ana Carolina,
Posso ser uma mulher ou uma menina.
Por que tudo em volta só depende
Da maneira que vemos as coisas...

Carola Guimarães

terça-feira, 29 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Quando?

Se corro me atraso,
Se não corro também em atraso.
Eis aí o que não acho:
Solução!
E neste relógio
Mesmo quando acaba a pilha
O mundo continua, gira.
E o tempo se expira, pira.
Tempo que passa,
Que se esgarça,
Que me trespassa,
Que me atrasa...

Carola Guimarães

terça-feira, 22 de junho de 2010

Palavras soltas

Vai de longe, chega perto.
Parece abstrato, é concreto.
Meio a incertezas, é certo.

Um ponto final para recomeço;
Ponto e vírgula; antes esqueço.
Nome não acho, desembaraço.
Aconchegante como um abraço.
Prende e não solta em um laço.

O que?
Tenta adivinhar...

Carola Guimarães

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Bla, bla,blas sobre mim...

Hoje, sinto-me mais mulher que menina, mas, alguém que nos sonhos ainda acredita e em descrições não se limita. Sou chata, claro! Aliás, ninguém deve ser 100% legal. Principalmente nós, mulheres, que a cerca de cada 28 dias temos picos e decaídas de hormônios. Quem merece? Nem eu me mereço, nem eu me aguento, nem eu me entendo.
Estou tentando praticar coisas boas, crescer com as experiências vividas, que nada fique à toa. Experiências? Sim, apesar de apenas 22 anos, foram bem vividos até aqui. Nunca me permiti viver sem intensidade. Talvez por isso, algumas coisas doeram muito. Mas não me arrependo. Tudo bem, já é clichê dizer isso, mas, por vezes, me arrependo de coisas que não fiz, não falei, não ousei.
Quem nunca caiu e machucou o joelho? Nunca sentiu saudade? E uma vontade louca de comer chocolate? Brigou com seu melhor amigo? Não teve medo do que era perigo?
Em barcos a vela já viajei, e até tesouros encontrei! Moedas no quintal de casa já enterrei... Não mais achei. Já fui princesa, bruxa, mãe, filha, irmã, tia, sereia, anjo, fada, médica, psicóloga, massagista, dentista, caixa de banco, chiquitita, Spicegirl, noiva, daminha, madrinha, florista, cantora, atriz, chorona, risonha, calada (é, por incrível que pareça!), anti-social, rockeira, skatista (arrisquei algumas manobrinhas...), estudiosa (cdf!), maloqueira, jogadora de futebol, escritora, pintora, vendedora, garçonete, professora, malabarista, trapezista, artesã, rebelde... Entre tantas outras. E agora, caminho para ser dentista de verdade.
Já senti frio, calor, alegria, tristeza, saudade, amor, raiva, medo, dor de cabeça, dor de barriga, frio na barriga, sono, sentimento sem nome, vontade de chorar (e chorei na maioria delas.), senti os pés fora do chão, e até o acelerar de um coração...
Quem nunca se apaixonou? Nunca chorou por amor? Teve vontade de sumir? Nunca pisou na bola? Nunca mentiu? Quem nunca comeu só por gula? Quis chamar a atenção de alguém que não estava nem aí pra você? Quebrou um segredo de alguém, e ficou revoltado quando teve um segredo seu quebrado... Quem nunca tirou uma nota vermelha em uma prova, mesmo tendo estudado bastante? Ou uma nota azul quando nem tinha lido nada?
Já fiz as pessoas rirem comigo, outras riram de mim e eu também já ri de algumas pessoas... Já fui perdoada algumas vezes, outras não, e com o tempo, aprendi a perdoar. Aprendi que nem toda verdade precisa ser dita e que o silêncio às vezes pode falar mais que as palavras.
Com o tempo, aprendi a não buscar a perfeição em ninguém, eu não quero que busquem isso em mim. Sou humana! Amo, mas também sinto raiva de vez em quando. Sonho, e às vezes tenho pesadelo. Choro, mas prefiro sorrir. Vivo! Tentando sempre andar pelo melhor caminho; sei que erro, mas tento acertar! Aliás, é errando que se aprende...

Carola Guimarães

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sonho de Valsa


No sonho uma verdade,
Um pedaço de chocolate,
Um sonho doce em valsa.
Onde o tempo é comparsa,
E nada mais se esgarça
Se não a vida que se passa
Em um doce sonho de valsa.


Carola Guimarães