sábado, 8 de novembro de 2008

Um risco


É disso que preciso
Arriscar um risco.
Um risco rabiscado
E não apagado.
Apago o risco riscado
E agora o refaço
Não nas mesmas cores
Mas em outros amores
Amores? Mas que amores?
Tom sobre tom...
Tom Jobim em uma nota só
E eu ainda variando... sem dó...
Escalas... Vibrações... Emoções...
Montanha russa...
O Elevador Lacerda...
Frio na barriga? Cadê?
Risco, apago, rabisco, desfaço...
Não se pega outra folha...
É nela que procuro um risco para correr.

Carola Guimarães

* Não tente me entender. Há momentos que nem eu me entendo.

Um comentário:

Leleco disse...

riscando um risco,
arriscando um amor,
amando um risco,
riscando a sorte, a dor,
sentindo o gélido ardor do vento da noite escura e úmida...

riscando, arriscando...

porque não?

xerinho!