sexta-feira, 1 de maio de 2009

Cordas de Aço


Essas peças sem fim,
Meu quebra-cabeças.
O que fazer de mim...
Querer que aconteça.

Um encaixe desencaixado.
Caixas por todos os lados...
Desembrulho embrulhado.

Meu Moreno descordado.
Seu braço desconcertado,
E seu som tão desafinado.

Aumente o som do amplificador,
Nessas vibrações de ultrassom...
Que a poesia chegue aos seus ouvidos
Através dos solos que aqui faço.
Nesse violão, cordas de aço.
Eu só queria um abraço...
O que faço?

Esse dia tão cinzento...
Nem importa o tempo!
Pois nós nunca sabemos,
Que será que queremos?

Ficar só a refletir
Nisso sem reflexo.
Fazer de um jeito,
Querer o inverso.

Carola Guimarães

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