Vejo a borda se aproximando, inspiro fundo e tento fazer o giro mais breve possível, é hora da virada. Tento entrar no universo de bolhas que eu criei, um impulso rápido! Tenho tentado bloquear a primeira respiração. Depois, respiro. Virar, voltar e mandar a maior intensidade.
Agora parece que não consigo controlar muito a respiração, e acabo fazendo 1 pra cada 3 ou pra cada 2. Até avistar a marca dos 12,5. Passo um pouco da linha dos 12,5m, agora já não sinto tanto meu ritmo, parece descompassado, mas é tão intenso de pernadas e braçadas que parece anestesiar a mente. Bloqueio a respiração, tento chegar até a outra borda. Cheguei, sem ar, cansada, sensação de faltar pernas.
Nos 50 metros, AN1, ou qualquer intensidade... Sempre há volta. A piscina é de 25m, então, eu vou, giro e volto. Sempre há volta. A volta é sempre mais difícil, mas eu consigo chegar lá. Marco o tempo, 43''. Sei que posso fazer essa volta em menos tempo. Preciso treinar mais para que a volta não pareça infinita, que as pernas não faltem, nem o ar.
Carola Guimarães
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